O que vem primeiro, a galinha ou o ovo? Parte 2

Um aprofundamento na identificação de erros dos escritórios quando se candidatam aos rankings jurídicos

Por Yariana Pérez

Em nossa primeira parte do artigo, iniciamos o processo de desconstrução para poder responder o que vem primeiro: a galinha ou o ovo. A ordem cronológica desses elementos serve de analogia para obter uma visão mais clara da dinâmica dentro da área de marketing de um escritório de advocacia em relação à candidatura a rankings internacionais.

Para que os sócios saibam o que vem primeiro, eles precisam estar cientes da importância da antecipação e previsibilidade neste negócio.

As estratégias de marketing dos escritórios, e especificamente o posicionamento em diretórios, devem ser analisadas antes de serem executadas, embora seja uma prática muito comum se candidatar a rankings pelo simples fato de manter uma presença ou replicar o que os concorrentes fazem.

Pleitear cegamente nestes diretórios internacionais, apenas preenchendo formulários, é quase uma aposta perdida. Pode haver algum resultado positivo eventual, mas o investimento de tempo e esforço não é recuperável.

Temos insistido que o tempo deve ser gerido de forma eficiente em prol da obtenção de resultados favoráveis para os escritórios. E a única forma inteligente de fazer isso é por meio da antecipação, análise e tratamento de possíveis cenários, pois o meio jurídico ainda é isso: um negócio.

Portanto, a proposta é simples: reconhecer o que a firma deseja alcançar, validar as variáveis internas e externas que permitem delinear uma análise de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, objetivos, propor estratégias, orçar, executar tarefas para alcançar o que se deseja e avaliar.

O plano de marketing voltado para a área jurídica é uma ferramenta que vai agrupar todas as etapas que compõem esse processo.

Entre as atividades realizadas no âmbito deste roteiro delineado, inclui-se o posicionamento em rankings internacionais.

A delimitação dos objetivos de posicionamento de uma banca nos diretórios, não pode surgir por geração espontânea ou pela interpretação equivocada de que para ter sucesso é preciso estar presente com todas suas áreas de prática.

Essa premissa é aplicável, sobretudo, nos casos de pequenos e médios escritórios que buscam se consolidar no setor e tentam competir na mesma proporção que as firmas maiores.

A estratégia de participar de um ou de todos os rankings não é necessariamente boa ou adequada para todas as organizações.

É preciso encontrar uma forma de se diferenciar, adotar um espaço ideal para desenvolver os pontos fortes da equipe que compõe a firma e aí, sem hesitar, lançar a melhor artilharia. Isso implica candidatar-se a rankings e investir o tempo necessário para desenvolver uma narrativa atraente aos olhos dos pesquisadores.

Agora, se o desenvolvimento da visão multidisciplinar do escritório faz parte de seus objetivos estratégicos, o ideal seria organizar uma agenda de trabalho com um responsável, pois as temporadas de submissão constituirão muitas horas de trabalho.

Também é fundamental ter uma carteira de clientes sólida (o que tem a ver com qualidade e não com quantidade), em que seu testemunho ajuda a consolidar a imagem que você deseja transmitir aos diretórios internacionais.

“Não há promoção melhor do que um trabalho relatado bem feito”, dizem eles. De tal forma que se uma firma tem uma série de clientes dispostos a falar bem dos serviços prestados, muito do trabalho está pronto para ser divulgado.

Por último, mas não menos importante, a continuidade. É tentador que depois de conseguir um bom primeiro resultado, as bancas deixem tudo ao destino dos futuros processos dos diretórios, esperando outros bons resultados. Mas há uma tentação maior em que, uma vez alcançado um objetivo, os escritórios queiram permanecer ali na mesma posição, ou melhor, por direito divino.

A verdade é que os escritórios de advocacia não ocupam espaços de negócios aleatoriamente. É preciso trabalho e avaliação constantes, além de disciplina para ajustar as agendas às temporadas de submissão.

Tudo isso é possível, ou pelo menos muito menos trabalhoso e oneroso, quando você tem um plano de ação, que pode ser flexível, dependendo das circunstâncias. O importante é ter esse roteiro como ferramenta de antecipação, redução de custos e riscos para o desenvolvimento do negócio.

E dentro desse roteiro será necessário especificar a questão dos rankings. Basicamente, o plano serve como uma bússola para desenvolvimento dos objetivos de posicionamento.

Então se falamos de agricultor para agricultor, primeiro vem o ovo (plano de marketing legal) e depois a galinha (estruturar campanhas de posicionamento nos rankings). Aqui está a ordem cronológica e a resposta à nossa pergunta.

Caso seu escritório tenha interesse em aprimorar suas estratégias de marketing jurídico, entre em contato conosco via Whatsapp Business ou pelo e-mail contato@leegamkt.com.br, aqui na Leega MKT podemos ajudar você a desenvolver seu negócio com eficiência.

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