Antes a gente só buscava, agora conversamos. É assim que o Google quer que a gente se relacione!

Durante anos, a gente se acostumou a digitar como se falasse em código. “Advogados corporativos. Minha cidade. Buscar.” Nossa mente já ia direto para as palavras exatas, quase em modo automático, na hora de procurar algo no Google. Mas com a chegada dos resumos de inteligência artificial, esse jeito está ficando para trás. Hoje, os usuários já não buscam: conversam. Fazem
perguntas completas, dão contexto e esperam respostas tão naturais quanto um bate-papo.

A mudança que mexe com a internet

Segundo a reportagem “O impacto devastador dos resumos de Inteligência Artificial do Google” da BBC, os usuários têm quase duas vezes menos chance de explorar os resultados e clicar em links quando recebem uma resposta pronta da IA. E mais: uma pesquisa do Pew Research Center mostra que em 26% dos casos as pessoas simplesmente desistem da navegação.

Essa queda pode representar até 40% de perda em visitas e receitas para milhões de sites, considerando que, no geral, são feitas cinco bilhões de buscas por ano no Google. Apesar disso, a empresa afirma que os cliques que ainda acontecem são de melhor qualidade e que os resumos podem abrir novas portas para descobertas.

O que atrai as pessoas para a IA é justamente a possibilidade de continuar a conversa sem perder o fio da meada. Isso cria novas formas de se conectar com os sites, dizem os porta-vozes do Google.

Mas nem todo mundo concorda. Especialistas de marketing citados pela BBC afirmam que a empresa está “roubando” os cliques do conteúdo criado por outros e que existe o risco de perdermos a chance de comparar informações, checar fontes, tirar nossas próprias conclusões — e até cair em erros da IA.

Um exemplo curioso: se você perguntar ao Gemini, o “modo IA” do Google, se esses resumos são bons para o tráfego dos sites, ele mesmo responde que não.

Do SEO para a conversa aberta

A grande mudança não é só tecnológica, é cultural. Os usuários já não precisam mais “falar em SEO”. Em vez de fórmulas engessadas, fazem perguntas completas: “Qual escritório na minha cidade tem experiência em fusões e aquisições internacionais?” Isso mostra que a presença digital precisa ser repensada: não basta estar otimizado para o algoritmo, é preciso estar preparado para conversar.

Para os escritórios de advocacia, a lição é clara: é hora de se adaptar antes que a disrupção bata à porta. Não se trata apenas de aparecer na primeira página do Google, mas de entender como os clientes formulam suas perguntas, antecipar tendências e se posicionar como referência em um mundo digital dominado pela IA.

A verdadeira vantagem não está em resistir à mudança, mas em usá-la a favor do negócio — para estar na frente, transmitir confiança em meio a tanta informação automatizada e reforçar a relevância da firma em um cenário cada vez mais conversacional e tecnológico.

Na Leega MKT, entendemos que a tecnologia muda a forma como os clientes buscam, conversam e escolhem seus advogados. Por isso, ajudamos os escritórios a transformar essas mudanças em oportunidades, criando estratégias que colocam você sempre um passo à frente.

 

Por Marco Salas

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